Os testes com animais configura um dos temas mais controversos da indústria farmacêutica e cosmética. Contudo, desde a antiguidade que testar produtos e aprender mais sobre o homem através dos animais, era uma prática bastante comum.
Existem registros que médicos desde o século III faziam experimentos com animais, tanto vivos, como mortos. Porém, foi apenas no século XV na Itália quando começam a experimentação em animais tais como conhecemos hoje em dia e que alimenta uma grande controvérsia dividindo opiniões.
Como surgiu os testes com animais?
Também conhecidos como cobaias, os animais além de proverem uma grande parte dos produtos e subprodutos para indústria alimentícia e têxtil, também servem como cobaias em experimentos científicos. Desse modo, os testes com animais para a pesquisa científica tem uma longa trajetória e hoje é considerado uma atividade básica na ciência.
Nesse sentido, utiliza-se mais de 100 milhões de animais por ano para estas finalidades. Por isso, está prática provoca uma importante rejeição de importantes setores da sociedade. Dessa forma, através do trabalho de Albrecht von Haller no século XVIII foi possível entender alguns aspectos desse processo.
Assim, a pesquisa consistia em testar em quase 200 animais para comprovar a irritabilidade em tecidos vivos. Em suma, desde o trabalho de Haller reconhece-se que os animais também sentem dor. Portanto, Haller foi a primeira pessoa que pediu desculpas públicas por produzir sofrimento nos animais, incluindo um novo sentido de responsabilidade.
Quais são os argumentos a favor aos testes com animais?
De fato a investigação com animais foi fundamental para quase todos os descobrimentos médicos dessa década. Ou seja, quase todos os ganhadores do prêmio Nobel de fisiologia ou medicina desde 1901 foram baseados em estudos e dados obtidos através dos testes com animais.
Em outras palavras, nós seres humanos compartilhamos muitas estruturas e tecidos parecidos com outros animais. Desse modo, temos os mesmos órgãos e sofremos de doenças similares, como o câncer, a gripe e até mesmo a asma. Portanto, os métodos que não utilizam os animais, embora sejam vitais para complementar a informação, não podem ainda substituir o uso de animais. Vale salientar que muitas das técnicas modernas de cirurgia e até mesmo as técnicas de escâner foram aperfeiçoadas em experimentos com animais.
Argumentos contra os testes com animais
Em contrapartida, não é ético condenar a vida de seres que sentem a uma jaula de laboratório em uma situação de constante medo. De acordo com algumas técnicas inovadoras, alguns cientistas produziram resultados fiáveis através de métodos sem animais. Por exemplo, os experimentos in vitro, os cultivos de bactérias, os simuladores humanos e muito mais.
Portanto, um importante argumento seria investir em mais pesquisas que extinguem a necessidade de utilizar animais. Além do mais, a maioria dos experimentos realizado com animais não tem como finalidade obter melhorias na saúde humana. Normalmente utilizados para provar produtos de limpeza, investigações militares e provas de produtos cosméticos.